terça-feira, 18 de abril de 2017

Manuel Bandeira 5

A cópula

Depois de lhe beijar meticulosamente
o cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce,
o moço exibe à moça a bagagem que trouxe:
culhões e membro, um membro enorme e turgescente.

Ela toma-o na boca e morde-o. Incontinenti,
não pôde ele conter-se e, de um jacto, esporrou-se.
Não desarmou, porém. Antes, mais rijo, alteou-se
e fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente

Que vai morrer: "Eu morro! Ai não queres que eu morra?!"
Grita para o rapaz, que, aceso como um diabo,
Arde em cio e tesão na amorosa gangorra

E titilando-a nos mamilos e no rabo
(que depois irá ter sua ração de porra)
lhe enfia cona a dentro o mangalho até o cabo.

Manuel Bandeira 

(Manuel Bandeira nasceu no dia 19 de Abril de 1886. Morreu em 1968.)

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