Dão-balalão, dão-balalão, dão-balalão...
Sinos?... Ouço-os vibrando a defuntos, talvez
Tenha morrido alguém e, por essa razão,
Os sinos vibram todos juntos de uma vez.
Por quem será que dobra assim o carrilhão?
- Coveiros, homens maus, almas feitas de pez,
Abri, cantando, a cova em que o meu coração
Tem de dormir o sono eterno, ó doce ebriez.
Coitado, coitadinho, ele andava tão doente,
A chorar e a gemer continuadamente,
Sem esperança de sarar do mal atroz...
Cravou-lhe a Parca a ponta ervada do estilete.
Morreu e vai servir (quem sabe?) de banquete
Aos nojentos lacraus - terror de todos nós.(Adolfo Werneck nasceu no dia 3 de Dezembro de 1879. Morreu em 1932.)
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