Fui na infância católico exaltado;
Tudo era para mim edificante,
Ver o altar, ver o trono cintilante,
Ouvir na igreja a voz do órgão sagrado!
Tudo era para mim edificante,
Ver o altar, ver o trono cintilante,
Ouvir na igreja a voz do órgão sagrado!
Foi-se apagando o amor arrebatado,
E a ciência levou-me num instante,
Com o sopro glacial e penetrante,
O edifício de luz do meu passado!
E a ciência levou-me num instante,
Com o sopro glacial e penetrante,
O edifício de luz do meu passado!
Deitei-me aos pés dos grandes missionários,
Na eloquência e na fé extraordinários;
Nenhum deles me deu sombras d’esp’rança!
Na eloquência e na fé extraordinários;
Nenhum deles me deu sombras d’esp’rança!
Ó crenças infantis, talvez agora
Volteis a mim ardentes como outrora:
Diz-se que um velho torna a ser criança!...
Bulhão Pato
Diz-se que um velho torna a ser criança!...
Bulhão Pato
(Bulhão Pato nasceu no dia 3 de Março de 1828. Morreu em 1912.)
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