quarta-feira, 17 de agosto de 2011

É Coura, estúpidos!

É desesperante. Mas não há por aí pelo menos um jornalista que saiba que não existe nenhum rio chamado Taboão (ainda por cima, escrevem "Tabuão") e que o rio Coura se chama rio Coura? Do JN ao i (hoje mesmo), todos fazem gala da asneira, dizendo que o Festival de Paredes de Coura decorre nas margens do "rio Tabuão". Mas que enorme e repetida estupidez. Vejam se aprendem de uma vez: o Festival de Paredes de Coura realiza-se junto ao rio Coura, na praia fluvial do Taboão. É o sítio, o sítio é que se chama Taboão.
Recapitulando: o rio que passa em Paredes de Coura chama-se rio Coura. É o mesmo rio que, mais abaixo, passa em Vilar de Mouros e continua a chamar-se rio Coura.
O Coura nasce na serra da Boalhosa, na lagoa da Chã de Lamas e na serra de Corno de Bico, fazendo um percurso de cerca de 50 quilómetros até desaguar na margem esquerda do rio Minho. Banha os concelhos de Paredes de Coura, Vila Nova de Cerveira e Caminha. Passa pelas freguesias de Formariz, Paredes de Coura, Rubiães, São Martinho de Coura, Covas, Vilar de Mouros, Venade, Vilarelho, Seixas e Caminha. Percebido? Ora vamos lá repetir, todos e em voz alta...

4 comentários:

  1. Tal coo disse "alguém". «Perdoai-lhes Pai porque não o que dizem».
    Mas são todos doutores...
    Gaspar de Jesus

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  2. Não sabem o que dizem, e provavelmente até nem têm muita culpa. E também não têm um editor que lhes saiba corrigir a geografia e traduzir o texto para português.

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  3. Na antiga Escola Primária havia coisas que eram essenciais como, entre outras, a geografia. A verdade é que, quando acabava a 4.ª classe, tínhamos uma ideia do que era o país, com a sua história, os seus rios, as suas serras e, até, os seus comboios. E era uma delícia «viajarmos» do Porto para qualquer outro sítio do país. Isto para além de aprendermos a ler sem gaguejar, cumprindo a pontuação, a escrever sem dar erros e a sabermos a famosa tabuada. Tudo isso acabou. O progresso é importantíssimo, e ainda bem que existe, mas não há verdadeiro progresso sem o mínimo de cultura. O que dá origem aos rios «taboões».

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  4. À falta de cultura, que haja ao menos um bocadinho de curiosidade. E de dúvida. A dúvida pode ser o princípio de todo o conhecimento. Mas eles não duvidam sequer, eles sabem tudo...

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