quarta-feira, 19 de abril de 2023
O diplomata
Hoje é Dia do Diplomata. No Brasil. O diplomata é, por definição, um homem reservado e de fino trato, um indivíduo circunspecto, grave, cortês, cauteloso, prudente, ponderado, sensato, distinto, elegante, delicado, conciliador. "Ser diplomata é discordar sem ser discordante", sentenciou um dia Millôr Fernandes. E, a este propósito, vem-me à cabeça o nome do embaixador aposentado Seixas da Costa, antigo secretário de Estado em dois governos do socialista António Guterres, quase quatro décadas de altos serviços diplomáticos, em Oslo, em Luanda, em Londres, em Brasília e em Paris, representante permanente de Portugal junto das Nações Unidas, da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, da Unesco e da União Latina. Francisco Seixas da Costa, oficial da Ordem do Infante D. Henrique, cavaleiro da Ordem Militar de Cristo, grande-oficial da Ordem de Mérito, grã-cruz da Ordem Militar de Cristo e com mais uma carrada de condecorações do Reino Unido, Espanha, França, Bélgica, Polónia, Grécia, Roménia, Noruega e Brasil, Francisco Seixas da Costa, dizia eu, que, comentador encartado de mundo e de mundos, escrevendo no Twitter sobre o que realmente interessa à Humanidade, chamou "javardo" a Sérgio Conceição, treinador da equipa principal de futebol do FC Porto. "Javardo", isso. E foi levado a tribunal. E foi condenado. O diplomata.
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