sábado, 29 de abril de 2023

Lá vamos cantando e rindo, outra vez?

Foto Expresso de Fafe

Havia necessidade? Havia mesmo necessidade de acordar fantasmas, de incendiar revivalismos bacocos, de lançar a confusão e alimentar a discórdia, de desensinar, logo agora em tempo de pós/pré-fascismo consoante o ponto de vista? Era assim tão imperioso desenterrar um dos velhos símbolos das bandeiras, estandartes e guiões da Legião Portuguesa e da Mocidade Portuguesa - a Cruz de Avis? Estamos assim tão saudosos da liturgia do Estado Novo? É preciso ser-se muito ignorante ou então distraído ou então tolo. Ou então tudo. E não me venham falar da farpela de Nuno Álvares Pereira, de semióticas e de ordens religiosas ou militares, que eu já dei para esse peditório, e estou farto de histórias.
Vi esta tristeza há pouco, no Expresso de Fafe. Tanto quanto percebo, o novo velho "monumento" ficou ao léu exactamente no dia 25 de Abril, como um insulto porventura, a propósito da inauguração da Praça Santo Condestável, junto à Igreja Matriz. Mas o que quis com isto a Câmara de Fafe? Reabilitar, isso eu sei. Mas reabilitar o quê? Os antigos campos de milho do Costa do Assento ou a execrável ditadura e respectivo folclore?
Porra!, era mesmo necessário?...

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