Foto Hernâni Von Doellinger |
Dia 12 de Abril de 2012. O superguindaste Titan, desactivadíssimo e declarado em avançado estado de degradação, estava a ser desmantelado no molhe sul do Porto de Leixões, junto ao terminal de cruzeiros em construção. Durante a operação, a cabina de uma grua caiu sobre uma conduta de gás, provocando várias explosões e um enorme incêndio. Morreu um trabalhador.
O Titan, símbolo de Leixões e de Matosinhos, desaparecia em tragédia dos nossos pores-do-sol. Considerado uma importante peça da arqueologia industrial, mesmo em frente à minha varanda se eu me puser de lado, os seus restos foram despejados e esquecidos num canto manhoso junto à Docapesca.
Passou o tempo e veio a ferrugem. O renascimento do Titan foi entretanto anunciado pelo Governo, pela Câmara de Matosinhos e pela APDL primeiro em 2019 e depois em 2020. Prometia-se a construção de uma réplica inoperacional do velho gigante para fins eventualmente culturais mas certamente turísticos, ou, como quem diz, pelo menos de propaganda.
E pronto. Como que saída da noite para o dia, a coisa finalmente já se vê, e por acaso até calha bem. É. As eleições autárquicas são já no próximo mês...
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