Tinha olho para a política. Um. Nascera zarolho, coitadinho, mas nunca se ficou. Na escola faziam pouco dele, diziam-lhe, no gozo, "Toma sentido: um olho no burro, outro no Ventura". Ele respondia, sem pestanejar, "Um olho chega: o Ventura acumula"...
Fala-se por estes dias, e pelas melhoríssimas razões, de Artur Quaresma, antiga glória do Belenenses, internacional português, homem vertical e limpo, e quase tio-avô de Ricardo Quaresma por engano. Conheci Artur Quaresma, vejam lá a sorte que tenho na vida! Escrevi duas insuficientes linhas sobre essa extraordinária figura no dia 3 de Dezembro de 2011: "Morreu Artur Quaresma, um senhor!, que treinou o meu Fafe na época de 1972/1973. É um pormenor, que as notícias vão certamente esquecer. Eu não."
Há quase nove anos.
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