sábado, 11 de maio de 2019

Os meus cromos 62: Salazar, Salazar, Salazar

Foto Tarrenego!

Sessão solene na Sala da Direcção dos Bombeiros Voluntários de Fafe, quartel antigo, Rua José Cardoso Vieira da Castro, entre os dois palacetes e ao lado da garagem do Zé Bastos, como quem vai para o Hospital, algures pelas décadas de cinquenta ou sessenta do século passado. Uma sala que eu frequentei e conheci muito bem. Da esquerda, Deus me perdoe, para a direita: o eterno presidente da corporação, Albino Fernandes; o então presidente da Câmara, Manoel Cardoso, no uso da palavra; o cónego Leite de Araújo, que ainda não era cónego e estava a gostar muito; e, fumegante e condecorado, condescendente, João Mendes Ribeiro, discreto comandante da Legião Portuguesa, deputado à Assembleia Nacional e procurador à Câmara Corporativa, dois anos presidente da Câmara Municipal de Guimarães, golfista amador, benfeitor à la carte, senhor da Fábrica do Ferro e dono daquilo tudo. Pregado à parede como Nosso Senhor Jesus Cristo na cruz, pairando sobre presentes e ausentes, tomando conta da Nação - Salazar.

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