Ofereceram-me um livro. "É a tua cara", disseram-me. O livro resumia-se a uma fotografia. E era realmente a minha cara.
O broche (propriamente dito)
Há quem diga que não há diferença nenhuma entre um broche e
um colchete, que são uma e a mesma coisa. Dicionários razoavelmente informados,
como, por exemplo, o Dicionário da Língua Portuguesa (7.ª edição) da Porto
Editora, que é o que tenho aqui sempre à mão, consideram-nos, ao broche e ao
colchete, sinónimos. Eu, com o devido respeito, discordo. Para mim, tirando o
che que ambos ostentam, não há comparação possível entre um broche e um
colchete. Um broche é um broche e um colchete até pode ser um parêntese recto.
Um é uma coisa e o outro é, às vezes, um empecilho. Só quem não passou por eles
é que se confundirá. Sei do que falo. Também sei de salas de costura, não
cuidem, mas, vamos lá, admitindo a paridade, se vosselências forem gramáticos
como eu e quiserem tirar a questão a limpo, se tiver de ser um ou outro, se
pretenderem escrutinar a minha preferência, perguntem-me então sem tibiezas:
broche ou colchete? E eu digo logo e sempre: broche. Broche, evidentemente. Nem
imagino que se possa dizer: olha, faz-me um colchete!...
P.S. - Gramático era o que me chamava o Empregado do Arquivo quando, por azar, calhávamos no mesmo autocarro. O Empregado do Arquivo, assim autodenominado, meu camarada de Primeiro de Janeiro, morava, se não me engano, no Hospital Conde Ferreira, dava três voltas sobre si próprio antes de cruzar a porta do jornal, em Santa Catarina, e era filho do poeta Alberto Serpa, que lhe batia em público. Na próxima aula abordaremos as concomitâncias e respectivas adjacências da palavra pilão. Até lá.
Cautela e caldo de galinha...
Nunca levantava o pé direito sem ter a certeza de que tinha o pé esquerdo no chão. Assim andava Prudêncio.
Agora a sério
A Graça é de rir...
Palavra do senhor
Evangelista era um implacável porém monótono contador de histórias. Começava sempre: - Naquele tempo...
Que seca!
Madalena chorava por tudo e por nada. Um desperdício, nos tempos que correm...
P.S. - Gramático era o que me chamava o Empregado do Arquivo quando, por azar, calhávamos no mesmo autocarro. O Empregado do Arquivo, assim autodenominado, meu camarada de Primeiro de Janeiro, morava, se não me engano, no Hospital Conde Ferreira, dava três voltas sobre si próprio antes de cruzar a porta do jornal, em Santa Catarina, e era filho do poeta Alberto Serpa, que lhe batia em público. Na próxima aula abordaremos as concomitâncias e respectivas adjacências da palavra pilão. Até lá.
Cautela e caldo de galinha...
Nunca levantava o pé direito sem ter a certeza de que tinha o pé esquerdo no chão. Assim andava Prudêncio.
Agora a sério
A Graça é de rir...
Palavra do senhor
Evangelista era um implacável porém monótono contador de histórias. Começava sempre: - Naquele tempo...
Que seca!
Madalena chorava por tudo e por nada. Um desperdício, nos tempos que correm...
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