Casa nova. Vida nova e esperanças simples, simples esperanças.
Lá vinha eu entre seu Aristides e o ajudante, no alto da carroça, alegre como o dia quente.
Quando ela saiu da rua descalça e entrou na Rio-São Paulo foi aquela maravilha, a carroça agora deslizava macia e gostosa.
Passou um carro lindo ao nosso lado.
- Lá vai o carro do português Manuel Valadares. Quando íamos atravessando a esquina da Rua dos Açudes, um apito ao longe encheu a manhã.
- Olhe seu Aristides. Lá vai o Mangaratiba.
- Sabe tudo você, não?
- Conheço o grito dele.
Só as patas dos cavalos fazendo o toque-toque na estrada. Observei que a carroça não era muito nova. Ao contrário. Mas era firme, económica. Com mais duas viagens traria todos os nossos cacarecos. O burro não parecia muito firme. Mas eu resolvi agradar.
- O senhor tem uma carroça muito linda, seu Aristides.
- Dá pro que serve.
- E o burro também é bonito. Como se chama ele? - Cigano.
Ele não queria muito conversar.
Lá vinha eu entre seu Aristides e o ajudante, no alto da carroça, alegre como o dia quente.
Quando ela saiu da rua descalça e entrou na Rio-São Paulo foi aquela maravilha, a carroça agora deslizava macia e gostosa.
Passou um carro lindo ao nosso lado.
- Lá vai o carro do português Manuel Valadares. Quando íamos atravessando a esquina da Rua dos Açudes, um apito ao longe encheu a manhã.
- Olhe seu Aristides. Lá vai o Mangaratiba.
- Sabe tudo você, não?
- Conheço o grito dele.
Só as patas dos cavalos fazendo o toque-toque na estrada. Observei que a carroça não era muito nova. Ao contrário. Mas era firme, económica. Com mais duas viagens traria todos os nossos cacarecos. O burro não parecia muito firme. Mas eu resolvi agradar.
- O senhor tem uma carroça muito linda, seu Aristides.
- Dá pro que serve.
- E o burro também é bonito. Como se chama ele? - Cigano.
Ele não queria muito conversar.
"O Meu Pé de Laranja Lima", José Mauro de Vasconcelos
(José Mauro de Vasconcelos nasceu no dia 26 de Fevereiro de 1920. Morreu em 1980.)
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