Efeito desta fascinação, crescia nela um sentimento de irremediável desastre, de vida sacrilegamente poluída, o qual se exprimia por um grito íntimo de agonia. "A minha vida! Que fiz da minha vida?" E era acompanhado da certeza de que ela seria repelida todas as vezes que, no seu impulso de mulher-borboleta, tentasse aproximar-se da luz.
"Virgens Loucas", António Aurélio Gonçalves
(António Aurélio Gonçalves nasceu no dia 25 de Setembro de 1901. Morreu em 1984.)
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