Meu São Paulo dos tempos de menina,
Meu São Paulo de minha evocação!
Lembro-me da cidade pequenina
Sem avenidas de ampla irradiação.
Ao fim de cada rua, em cada esquina
Havia a luz mortiça de um lampião
Furando a espessa teia de neblina
Que se estendia pela escuridão...
Nada de arranha-céus escandalosos!
Nem havia letreiros luminosos
Piscando o céu de azul e vermelhão.
Nem um só automóvel transitava!
Mas que encanto infinito eu encontrava
Nos bondinhos de burro de tostão!
Meu São Paulo de minha evocação!
Lembro-me da cidade pequenina
Sem avenidas de ampla irradiação.
Ao fim de cada rua, em cada esquina
Havia a luz mortiça de um lampião
Furando a espessa teia de neblina
Que se estendia pela escuridão...
Nada de arranha-céus escandalosos!
Nem havia letreiros luminosos
Piscando o céu de azul e vermelhão.
Nem um só automóvel transitava!
Mas que encanto infinito eu encontrava
Nos bondinhos de burro de tostão!
Isabel Paiva
(Isabel Paiva nasceu no dia 12 de Dezembro de 1891)
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