Velhos barcos, entre as vagas marinhas
que ascéticos singrais dentro das brumas,
ah, quantas lembranças me vêm, algumas
vezes, causar estas saudades minhas?!
Sois do mar as patéticas ladainhas
rezadas sobre as rendas das espumas
se ergueis as velas, essas brancas plumas
com que varreis o céu pelas tardinhas.
rezadas sobre as rendas das espumas
se ergueis as velas, essas brancas plumas
com que varreis o céu pelas tardinhas.
Ao contemplar-vos o perfil umbroso,
esguio e altivo, sôfrego, nervoso,
deixando as angras - pouso nas procelas,
esguio e altivo, sôfrego, nervoso,
deixando as angras - pouso nas procelas,
sei que somem no mar brancos estojos
de tristeza sem fim naqueles bojos,
e saudade sem par nas brancas velas.
de tristeza sem fim naqueles bojos,
e saudade sem par nas brancas velas.
"Iluminuras da Tarde", Kideniro Teixeira
(Kideniro Teixeira nasceu no dia 16 de Agosto de 1908. Morreu em 2008.)
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