O que verdadeiramente devia preocupar no lamentável episódio de Tancos é
o prejuízo. O roubo das armas é um escândalo, coisa de terceiro-mundo,
uma vergonha para Portugal. Deixámo-las ir de borla, como foi possível?
Nos países de primeiro-mundo, praticantes das mais avançadas e
inatacáveis técnicas de vigilância a paióis e paiolins, nunca semelhante
poderia ter acontecido. Não. Esses países cinco-estrelas, agora
aparentemente tão alarmados com o mais recente lusofiasco, vendem as
armas directamente aos terroristas, perseguem a mais-valia, e isso é que
é boa política, isso é que está certo...
P.S. - Texto escrito e publicado na passada quarta-feira, dia 5 de Julho. A novidade: raramente acontece, mas eu tinha razão. Diz hoje o jornal Diário de Notícias que o chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, estima que "o valor do material roubado do paiol de Tancos há duas semanas ascendeu aos 34,4 mil euros". É dinheiro, dá quase para comprar um carro...
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