Fé e esperança
Quando transpões o limiar da igreja,
- Velada a fronte calma e cismadora,
Vai com tua alma a fé consoladora
E de tua alma a paz minha alma inveja.
Depois, se teu olhar límpido adeja
Sobre as feições da Virgem redentora,
A luz da esperança que teus olhos doura
Aclara o limbo em que meu ser negreja.
E ao ver-te assim, na prece silenciosa,
Prosternada ao sopé do Santo Lenho,
Sinto a influição da crença religiosa;
E peço a Deus, com fervoroso empenho,
Faça vingar-me na alma duvidosa
Essas doces virtudes que não tenho.
Ezequiel Freire
(Ezequiel Freire nasceu no dia 10 de Abril de 1850. Morreu em 1891.)
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