A tua boca
Falas tu, julgo escutar,
como num sonho bendito,
as vibrações do infinito
no coreto do luar.
Falas tu e oiço ais,
guitarras e bandolins,
como por entre jardins
os trovadores medievais.
Falas tu, penso nas loucas
mariposas do desejo
que no conúbio dum beijo
unissem as nossas bocas.
Falas tu e creio bem,
meu pequenino bijou,
que se ando alegre também
é só quando falas tu.
"Obra Poética", João Verde
(João Verde nasceu no dia 2 de Novembro de 1866. Morreu em 1934.)
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