Estou naquela idade em que tenho amigos já com 70 anos aos quais trato por tu. Portanto, começo a ir a funerais, eu que jurava a pés juntos e de mãos postas que só iria ao meu e por razão de força maior. Tinha combinado com o meu amigo Adélio, para um destes dias sem falta, mais uma das nossas ultimamente sempre adiadas saídas, mas ele fez-se esquecido do compromisso e resolveu deixar-me pendurado e deixar de vez este país e este mundo de que quase sempre dizia tão mal. Não sei em que mundo está nem para que país foi, mas faço figas para que se sinta finalmente em paz no país Céu em que eu acredito e ele nunca acreditou. Dá-me uma espécie de gozo esta tristeza que hoje sinto: agora é que o Adélio vai ver que eu tinha razão. Por outro lado, os anjos vão-se ver fodidos para o aturar.
Meu amigo tem toda a razão, ele vão-se ver fodidos para o aturar, e que não tenha por lá restaurantes senão ele vai a todos.
ResponderEliminarPerdi um amigo, mas ganhei um anjo
cumprimentos
Ricardo Guimarães
Muito obrigado, caro Ricardo Magalhães, pela visita e pelo comentário.
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