domingo, 8 de abril de 2012

O cheiro da cidade é inconveniente para o peixe

A alegada inteligência dos políticos portugueses está a reduzir-se galopantemente à essência do hamburger de jumento. Jumento perfumado. Aqui em Matosinhos, o presidente da Câmara parece que quer acabar com os fogareiros de rua, que ele não sabe mas são a imagem de marca e o abono de família dos restaurantes da cidade. Haverá razões sólidas para semelhante desatino? Não há. Só se foram razões líquidas.
Agora em Lisboa, que também faz questão de deitar a sardinha assada borda fora, conta um sindicalista que, uma vez, um vereador camarário lhe disse que "o cheiro do peixe seria inconveniente para a cidade". E se calhar até será. Não tanto, provavelmente, como o cheiro da cidade é inconveniente para o peixe. Mas isso os iluminados não sabem: nasceram de inteligência e nariz entupidos para o que não lhes interessa.
Eu abaixo assinado, que não concordo com Guilherme Pinto e quero que os de Lisboa vão à merda, proponho o seguinte: lancemos as cidades ao mar, com os autarcas via reforma dentro, e fiquemos com o peixe. Que ficamos bem.

2 comentários:

  1. Concordo quase completamente. Mas convém contemplar esta situação: há autarcas que sabem nadar...
    Talvez lançar estes amarrados a âncoras?
    M.A.

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    1. Dás-me cabo da metáfora, pá!
      Obrigado pela visita e pelo comentário.

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