O (des)interesseiro
- Eu quero é que o dinheiro se foda! - dizia. Acrescentando: - E que procrie, evidentemente...
Urbanismo e estupidez natural
Já basta o que basta, o desvario que aí vai pela rua. Da amargura. Roubam-nos os jardins e dão-nos desertos em forma de praça, arrancam-nos as árvores e impingem-nos guarda-sóis publicitários. Olhai o Porto, olhai Matosinhos, olhai Fafe - que merda! E a estes crimes de lesa-qualidade de vida as inteligências de carregar pela boca, doutores da mula ruça, autarcas autofágicos, ignotos ignorantes, chamam "urbanismo". Palermas, novecentas e noventa e nove vezes palermas!
Os três três
E vai há tão pouco tanto tempo! Portugal era o país dos três efes: futebol, fado e Fátima. E dos três pês: pobres, pobres, pobres. E dos três esses: Salazar! Salazar! Salazar!...
Cavaco Silva e o BPN
Apenas uma efeméride: a 11 de Novembro de 2008, fez no outro dia doze anos, o então Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, anunciou a promulgação do diploma que nacionalizava o Banco Português de Negócios, argumentando que teve em conta a "protecção dos depositantes e a estabilidade do sistema financeiro". Pois. Para além de outras manigâncias e manifestos crimes, a ponderada nacionalização do BPN já sacou ao bolso dos portugueses mais de cinco mil milhões de euros. E continua a contar...
Apenas uma efeméride: a 11 de Novembro de 2008, fez no outro dia doze anos, o então Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, anunciou a promulgação do diploma que nacionalizava o Banco Português de Negócios, argumentando que teve em conta a "protecção dos depositantes e a estabilidade do sistema financeiro". Pois. Para além de outras manigâncias e manifestos crimes, a ponderada nacionalização do BPN já sacou ao bolso dos portugueses mais de cinco mil milhões de euros. E continua a contar...
Eu trigo-me, tu trigas-te, ele triga-se
Biju, papo-seco, carcaça, molete, pada ou trigo, consoante a região de origem e a idade de cada qual. Assim se chamava e parece que ainda se chama ao pão pequeno, arredondado, regra geral de risca ao meio e feito à base de farinha de trigo. Em Fafe aprendi-o biju e trigo, sobretudo trigo, e é o que me tem bastado até hoje: vou à padaria e peço cinco trigos, se faz favor. Riem-se e eu acho muito bem, porque rir é porreiro, embora também possa ser ignorância. Em Fafe aprendi, ainda por cima, o verbo trigar - ou, talvez melhor dizendo, trigar-se -, que, naquele pedaço baixo-minhoto rural e de entranhável confluência galega, Monte Longo e Basto, significava acanhar, constranger, envergonhar, intimidar, embaraçar, coibir. Dizia-se, por exemplo, "Não se trigue, tire à sua vontade mais um bocadinho de presunto!", e eu achava um piadão àquilo. Ao presunto, quero dizer...
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