sexta-feira, 15 de maio de 2020

Retrato de família

Foto Tarrenego!

Éramos assim. A minha mãe, o meu pai, a Nanda, o Nelo e eu, que sou o Nane. Falta o Lando, porque começa por L e ainda não tinha nascido, mas estão a Mila e a Dulce, que não começam por N nem por L e eram como se fossem da família.
Ser-se da minha família era fácil. Bastava bater à porta, andar por ali. Ainda hoje não custa nada. Pode ser-se Lopes e ser meu irmão. Pode ser-se de Jesus e ser meu irmão.
O Nestinho, por exemplo. Para além de começar por N, o que é logo uma grande vantagem, apareceu-me ontem em casa só para me dar um abraço. Interrompeu a Maratona do Porto, parou a famosa mota do meio milhão de quilómetros debaixo da minha varanda e correu escadas acima com aquela cara de sorriso-riso dos felizes da vida, dos puros, "só" para me dar um abraço.
O Nestinho é que ia à frente da maratona a indicar o caminho aos atletas. Segundo as últimas informações, os maratonistas estão agora a chegar a Freixo de Espada à Cinta.
Ontem foi um dia bom. Os da fotografia tornámos a estar todos juntos. A Dulce e a Mila não, têm as vidas delas, mas o Lando, apesar de começar por L e não constar no retrato, o Nane, o Nelo, a Nanda e a nossa mãe - a "mei". O nosso pai também lá esteve. Convidei-o eu.

P.S. - Publicado originalmente no dia 29 de Outubro de 2012. Hoje, 15 de Maio, é Dia Internacional da Família.

2 comentários: