Canção banal
Ó pálida folha escrita
por minha letra assustada,
vá dizer ao meu amado
que dele não quero nada.
(Que eu dele não queria nada,
nem tampouco compaixão)
Que não se apague a face
que eu guardo no coração.
Que não me venha buscar,
me respeite essa distância,
me sinta sem me beijar.
Pois ai dele se não for,
como o deseja essa ânsia,
como o espera esse amor.
"Caderno de Poesia", Laís Corrêa de Araújo
(Laís Corrêa de Araújo nasceu no dia 3 de Março de 1928. Morreu em 2006.)
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