quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Ariosto Teixeira

Depois do jantar

Faca.
Garfo.
Colher.
A espuma suja desce pelo cano.
Prato.
Panela.
Pano.
Tua mulher pôs um copo de veneno em cima da mesa.
Pegue-o.
Beba-o.
Não morra.
Deixe que doa.
 
"Poemas do Front Civil", Ariosto Teixeira

(Ariosto Teixeira nasceu em 1953. Morreu no dia 23 de Janeiro de 2010.)

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