Se no seio da pátria carinhosa,
Onde sempre é fagueira a sorte dura,
Inda lembras, e lembras com ternura,
Os meigos dias da união ditosa;
Se entre os doces encantos de que goza
Teu peito divinal, tua alma pura,
Suspiras por um triste e sem ventura
Que vive em solidão cruel, penosa;
Se lamentas com mágoa a minha sorte,
Recebe estes meus ais, oh minha amante,
Talvez núncios fiéis da minha morte.
E se mais nos não virmos, e eu distante
Sofrer da parca dura o férreo corte:
- Amou-me, dize então, morreu constante.
Onde sempre é fagueira a sorte dura,
Inda lembras, e lembras com ternura,
Os meigos dias da união ditosa;
Se entre os doces encantos de que goza
Teu peito divinal, tua alma pura,
Suspiras por um triste e sem ventura
Que vive em solidão cruel, penosa;
Se lamentas com mágoa a minha sorte,
Recebe estes meus ais, oh minha amante,
Talvez núncios fiéis da minha morte.
E se mais nos não virmos, e eu distante
Sofrer da parca dura o férreo corte:
- Amou-me, dize então, morreu constante.
Natividade Saldanha
(José da Natividade Saldanha nasceu no dia 8 de Setembro de 1796. Morreu em 1830.)
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