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Vento que vens de longe
                                                                                    nas  horas de maré alta,
                                                                                    vento que nunca trazes
                                                                                    notícias  de quem me falta.
                                                                                    Vento  que já passaste
                                                                                    entre  veleiros nos portos,
                                                                                    em  ti só escuto as palavras
                                                                                    de  saudade dos meus mortos.
                                                                                    Vento  de mãos abertas
                                                                                    abrindo  as salas desertas
                                                                                    onde  guardo o meu sossego,
                                                                                    leva  contigo essa angústia
                                                                                    que me atormenta e exalta
                                                                                    mais  o desejo e o apego
                                                                                    que  tenho por quem me falta.
Violeta Branca
(Violeta Branca nasceu no dia 15 de Setembro de 1915. Morreu em 2000.)
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