Nosso corpo tão frágil e mesquinho
Nada possui de nobre que a redima
Da sina de trilhar o seu caminho!
Veio do pó, e dele se aproxima
Cada dia que passa, em torvelinho,
Como o culpado que a justiça intima
A escalar, passo a passo, o pelourinho!
O espírito somente é que é divino!
De sinfonia humana - é o violino,
O lírio que no pântano descerra!...
Mas a verdade é força e rompe véus...
Se o corpo é um verme que rasteja a terra,
A alma é um cisne que demanda os céus!
"Flor dos Aguaçais", Rubens de Castro
(Rubens de Castro nasceu no dia 7 de Julho de 1915. Morreu em 1999.)
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