Eu, confesso, não sei distinguir o sofrimento das vítimas inocentes israelitas do sofrimento das vítimas inocentes palestinianas. Não sei dizer qual é o sofrimento mais justo, o sofrimento maior, o sofrimento mais razoável, o sofrimento mais aceitável, compreensível e lógico. Não sei dizer qual é o sofrimento mais iníquo, condenável e horrível. Não sei. Mas isso sou eu, que, já percebi, sou burro, não tenho lado. O sofrimento humano, vejo-o todo igual. Desnecessário, estúpido e brutal. Filhodaputa! As vítimas, inocentes ou não, judeus ou árabes, árabes ou judeus, vejo-as todas iguais. Pessoas, histórias, vidas. Os mortos, vejo-os todos iguais. Mortos.
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