"Portugueses já gastam mais com cães do que com bebés", dizia a capa do semanário Expresso, em Outubro de 2011.
Meados de Agosto de 2015. "Cão deixado no lixo dentro de um saco gera onda de solidariedade em Vila Real", anunciava o jornal Público, em título fim-de-semaneiro. E acrescentava: "Plataforma Proanimal alerta que nesta altura do ano há mais animais abandonados e menos pessoas disponíveis para os acolher."
Verdade como punho, ontem como hoje. Embora não gere nenhuma "onda de solidariedade", está curiosamente a acontecer o mesmo com os velhos e com os recém-nascidos, por assim dizer, humanos - cada vez mais abandonados e com cada vez menos pessoas disponíveis para os acolher.
Soube-se exactamente ontem, contado pelo JN: "Em cinco anos [2017-2021], 43 bebés foram abandonados à nascença ou nos primeiros seis meses de vida pelos pais". Quarenta e três, números oficiais, porque na verdade podem ser mais. Em Portugal. É. Vivemos realmente uma "altura do ano" filhadaputa. Mas os cãezinhos, Senhor...
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