domingo, 21 de agosto de 2022

Não aldrabem o sinal-da-cruz, valha-me Deus!

Outro dia, nas cerimónias de Fátima, vi pela televisão e nem queria acreditar. Um sacerdote a fazer um sinal-da-cruz tão aldrabado, tão aldrabado, que se a minha mãe o visse naqueles atabalhoados preparos o mais certo era enfiar-lhe duas ou três lamparinas bem assentes. Um padre, e ainda por cima no altar, no altar do mundo, a dar o mau exemplo, a gatafunhar um sinal-da-cruz como se fosse jogador de futebol entrando em campo. Só faltou fazê-lo três vezes a trezentos à hora, destrambelhadamente, e depois beijar o dedo ou o pulso, levantar e assoar-se à sotaina e apontar para o emblema. Bem sei que a Igreja portuguesa anda um bocadinho nervosa derivado a isso da pedofilia e outros abusos, mas, valha-me Deus, é o nosso santo-e-senha, é o sinal-da-cruz...

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