domingo, 6 de fevereiro de 2022

O dia em que o CDS acabou

Paulo Portas recuou. Afinal deixou passar a fronteira que "não podia deixar passar". Como quem não quer a coisa, Portas aceita que os portugueses pobres e velhos passem a comer merda, "excepcionalmente". O "cisma grisalho" é, vai-se a ver, apenas mais um belo sound byte para encaixilhar. Amanhã o ministro dos negócios submarinos irá se calhar à televisão explicar a problemática da concomitância. Estes aldrabões só não explicam Portugal. Na rua, por baixo da minha varanda, passa agora a procissão de velas do Senhor de Matosinhos, com muita gente, respeito e devoção. Reza-se o terço. E é o que nos resta - a oração: Senhor, fazei-lhes a cama. Livrai-nos dos filhos da puta, amém.

P.S. - Não. O CDS não morreu no passado domingo, esvaziado de votos às mãos do irrelevante Francisco Rodrigues dos Santos. Não. O CDS morreu no dia 12 de Maio de 2013, como então escrevi e está aí em cima, palavra por palavra, título e tudo. O CDS faleceu às mãos do enganador Paulo Portas, que trocatintou alarvemente na questão da taxa sobre as pensões, a mando de Passos Coelho e da troika. Não sou bruxo, mas foi realmente nesse dia que o CDS morreu. De lá até cá o que parecia o CDS era apenas um morto-vivo, uma lamentável alma penada que graças a Deus desaparece agora de vez. Descanse em paz!

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