Sentada ao meu lado na sala de espera do hospital, a mulher exibia um potentíssimo braço de boxista peso-pesado, coisa de meter medo. Pelo menos a mim. E no sítio do costume, como se tivesse ido à guerra, lá estava escrito e jurado, na tinta imorredoura da tatuagem às três pancadas: "Amor Maneca". E por cima do amado e levemente desbotado "Maneca", mesmo ao centro e aproveitando apenas o "e", sobressaía uma segunda demão, arrependimento ou remedeio, num verde mais fresco e ostensivamente carregado, que dizia: "Zé". "Amor Zé". Pois, é a vida...
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