Naquela noite também as ruas estavam desertas, mas andávamos nós no mundo, debaixo de uma tempestade que nos perseguia, que mal nos deixava olharmo-nos de frente, que nos obrigava a dizer palavras no mesmo ritmo frenético e alucinatório da queda das águas. Depois, fiquei eu só, correndo pelas ruas desertas, correndo para a loucura.
"Autobiografia de Uma Mulher Romântica", Natália Nunes
(Natália Nunes nasceu no dia 18 de Novembro de 1921. Morreu hoje.)
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