Era moça e formosa. O seio aveludado
Cofre devia ser das ilusões divinas...
Era a "deusa da orgia" e tinham-na aclamado
Os pálidos galãs e as doidas heroínas.
Se ao férvido "cliquot" das taças cristalinas
Tinha a cabeça em fogo e o cérebro turbado,
Dançava esse cancã febril, desenfreado,
Que o fumo da embriaguez inspira às messalinas.
Depois, quando os Romeus, os lúbricos amantes,
Atiravam-lhe ao colo as bolsas infamantes,
Havia em seu olhar esplendoroso brilho...
Ficava pensativa, triste, irresoluta,
E um dia houve quem visse - a ébria, a dissoluta,
Beijar uma medalha e murmurar: "Meu filho"!
Cofre devia ser das ilusões divinas...
Era a "deusa da orgia" e tinham-na aclamado
Os pálidos galãs e as doidas heroínas.
Se ao férvido "cliquot" das taças cristalinas
Tinha a cabeça em fogo e o cérebro turbado,
Dançava esse cancã febril, desenfreado,
Que o fumo da embriaguez inspira às messalinas.
Depois, quando os Romeus, os lúbricos amantes,
Atiravam-lhe ao colo as bolsas infamantes,
Havia em seu olhar esplendoroso brilho...
Ficava pensativa, triste, irresoluta,
E um dia houve quem visse - a ébria, a dissoluta,
Beijar uma medalha e murmurar: "Meu filho"!
Hipólito Dutra
(Hipólito Dutra nasceu no dia 13 de Agosto de 1858. Morreu em 1909.)
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