Rio negro
Na terra em que eu nasci desliza um rio ingente, caudaloso,
porém triste e sombrio,
como noite sem astros, tenebroso,
qual negra serpe, sonolento e frio.
Parece um mar de tinta, escuro e feio:
nunca um raio de sol, vitorioso,
penetrou-lhe no seio.
No seio em cuja profundeza enorme, coberta de negror,
habitam monstros legendários,
dorme toda a legião fantástica do horror!
[...]
"Cantos Amazônicos", Paulino de Brito
(Paulino de Brito nasceu no dia 9 de Abril de 1858. Morreu em 1919.)
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