sábado, 11 de outubro de 2025

Entre átonas e tónicas, eu é com gin

A fama tem um preço
Na rádio, Renascença por acaso, o reclame a uma telenovela da SIC avisa: - A fama tem um preço! Pois tem. E o arroz carolino também. E a massa-cotovelo e as batatas e os alhos e o azeite, que está pela hora de morte. As próprias pessoas, diz-se, também têm um preço. Algumas, melhor colocadas na vida, têm dois ou três...

Dizer que. Já tinham o "Trófense", por causa de ser da Trofa, e depois inventaram os "ávenses", derivado a serem das Aves. Os rapazes do desporto da Antena 1, que é praticamente a única rádio que eu ouço, e gosto, têm um problema, eventualmente uma disfunção, com a maneira de dizer palavras. Logo eles, cuja profissão é, fino modo, dizer palavras. Um destes dias ainda os escutarei a falarem dos "fárenses", por serem de Faro, dos "pôrtuenses" por serem do Porto, dos "brácarenses" por serem de Braga, dos "pácenses" por serem de Paços de Ferreira ou, puxando a brasa à nossa sardinha, dos "fáfenses", por serem de Fafe. E quem diz os rapazes do desporto da Antena 1, diz os rapazes do desporto das outras rádios e de todas as televisões, que lhes vão logo atrás e, se não estou em erro, são sempre os mesmos.
É o falso dilema entre sílabas átonas e tónicas. Eu resolvo-o com gin.

Por também ser verdade, tenho de acrescentar o seguinte: há coisa de uma ou duas semanas, ouvi na Antena 1 um spot a anunciar o relato de um jogo do Trofense. Sim, Trofense, disse a voz, por sinal excelente. Exultei de alegria!

(Versão revista e aumentada, publicada no meu blogue Mistérios de Fafe)

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