Há um novo perigo nas estradas portuguesas: e não, não falo das trotinetas. Há uma novo perigo nas estradas e são as cadeiras de rodas
eléctricas. Elas andam aí, são cada vez mais e cada vez mais metediças.
Ainda no outro dia me apareceu uma disparada a atravessar a EN 14, em
Celeirós, Braga, junto ao nó para as auto-estradas, e só não acabou em
desastre porque um de nós travou a tempo e não foi o condutor da
cadeira. Cujo, já agora, agradeceu a sorte com um enorme sorriso (vá
lá!) e não tinha capacete.
As novas máquinas do asfalto alcançam a velocidade furiosa de 12
km/hora, o que não é brincadeira nenhuma para atravessar uma estrada
nacional, fora de passadeira e saídas do nada. Ainda por cima está na
moda o tuning, que transforma algumas delas em verdadeiras bombas, como a daquele brasileiro que, aqui há uns anos, foi apanhado pela polícia a mais de 60km/hora, depois
de ter artilhado a sua cadeira de rodas com um motor de motorizada.
Creio que se impõe uma análise série e aprofundada ao fenómeno, no seio
de uma comissão governamental com amplos poderes para alterar,
nomeadamente, a legislação referente às escolas de condução,
introduzindo a especialidade de cadeiras de rodas, e o próprio Código da
Estrada. A sinalética de trânsito vigente tem de ser revista e
actualizada, não sendo de desprezar a possibilidade de implementar
corredores específicos para cadeiras de rodas na rede de auto-estradas
nacional. Com isenção de pagamento de portagens, evidentemente.
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