Camponesa formosa
Oh camponesa formosa
De olhos gentis de matar
Vem clarear a tristeza
Com a luz do teu olhar
Tu que descalça e risonha
Corres por montes e vales
Deixa que eu siga os teus passos
Deixa que eu fuja aos meus males
Mostra-me o trilho florido
Que ao teu afecto conduz
Dá-me o teu braço amável
Sou um ceguinho sem luz
Oh camponesa formosa
De olhos gentis de matar
Dá-me o teu braço e partamos
Vamos cantar e sonhar
Oh camponesa formosa
De olhos gentis de matar
Vem clarear-me a tristeza
Com a luz do teu olhar
Leva-me assim pelas mãos
Lá pelos remansos da serra
Tira-me tu da cidade
Que me entristece e aterra
Hei-de adorar-te e servir-te
Como Jacob a Raquel
Hei-de morrer a teus pés
Como o teu cão mais fiel.
Eugénio Tavares
(Eugénio Tavares nasceu no dia 18 de Outubro de 1867. Morreu em 1930.)
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