Do meu lábio covarde, alto, numa explosão
Fatal, de uma só vez este segredo ardente
Assim como um rugido, assim como um clarão!
Eu te amo! Eu te amo! Eu te amo! Ó Verbo onipotente
Que se fez Carne! Ó doce e horrível confissão!
Asa que vem do Azul varrendo a Noite em frente,
Aleluia eternal, suprema Redenção!
Eu te amo! Eu te amo! Eu te amo! Oh que aurora irradia
Desta frase ideal que anda a cantar, à toda...
Silêncio! Versos meus... parai vossa Harmonia!
Basta! A voz deste Amor que me enleva e me aterra!
Do meu Corpo à minha Alma, indômita, revoa
Como um raio de sol que prende o Céu à Terra.
Péthion de Villar
(Egas Moniz Barreto de Aragão, que assinava Péthion de Villar, nasceu no dia 4 de Setembro de 1870. Morreu em 1924.)
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