O camaleão
Um animal que os zoologistas chamam
Camaleão tem a virtude física
De apresentar cores diversas, várias
Cores conforme as emoções que sofre.
Agora azul, ou verde, ou pardo logo,
Verde e amarello - às vezes tem-se visto.
Dizem que o tal quadrúpede alimenta-se
De vento, e nada mais. Oh como é parco!
O camaleão,
Quando desbota,
Faz como faz
O patriota,
Que, quando muda
De opinião,
Faz como faz
O camaleão.
O camaleão
É o patriota
Sem ambição.
Se de amor pátrio
Engorda e nutre,
É camaleão,
E não abutre.
Tanto é verdade ser o patriotismo
De nossos patriotas o alimento,
Quão certo sem auxilio de algarismo
Que o camaleão, não come senão vento.
Um animal que os zoologistas chamam
Camaleão tem a virtude física
De apresentar cores diversas, várias
Cores conforme as emoções que sofre.
Agora azul, ou verde, ou pardo logo,
Verde e amarello - às vezes tem-se visto.
Dizem que o tal quadrúpede alimenta-se
De vento, e nada mais. Oh como é parco!
O camaleão,
Quando desbota,
Faz como faz
O patriota,
Que, quando muda
De opinião,
Faz como faz
O camaleão.
O camaleão
É o patriota
Sem ambição.
Se de amor pátrio
Engorda e nutre,
É camaleão,
E não abutre.
Tanto é verdade ser o patriotismo
De nossos patriotas o alimento,
Quão certo sem auxilio de algarismo
Que o camaleão, não come senão vento.
(Correia de Almeida nasceu no dia 4 de Setembro de 1820. Morreu em 1905.)
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