Velha anedota
Tertuliano, frívolo peralta,
Que foi um paspalhão desde fedelho,
Tipo incapaz de ouvir um bom conselho,
Tipo que, morto, não faria falta.
Lá um dia deixou de andar à malta,
E indo à casa do pai, honrado velho,
A sós na sala, diante de um espelho,
À própria imagem disse em voz bem alta:
- Tertuliano, és um rapaz formoso!
És simpático, és rico, és talentoso!
Que mais no mundo se te faz preciso?
Penetrando na sala o pai sisudo,
Que por trás da cortina ouvira tudo,
Severamente respondeu: - Juízo!
Artur Azevedo
(Artur Azevedo nasceu no dia 7 de Julho de 1855. Morreu em 1908.)
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