Vermelho, guerra
Sangue, cólera, vingança, os hinos marciais, golpes, o incêndio, vermelho o manto dos tiranos e Marte, o astro dos combates.
Da casinha à beira-mar, olhos em febre, a velha mãe arguia a distância. Lá, mergulhara o vapor que lhe roubava o filho para a guerra. A tarde passa e a noite; a velha, imóvel, marmorizada na dor, como uma escultura do Stabat Mater. E vem a aurora, uma aurora brutal de chama e sangue. A mãe do soldado caiu como morta.
Ouvira, das bandas da aurora, um grito de morte e a voz perdida do agonizante era a voz do filho."Canções Sem Metro", Raul Pompeia
(Raul Pompeia nasceu no dia 12 de Abril de 1863. Morreu em 1895.)
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