Foto Hernâni Von Doellinger |
Quando, há três meses, o regresso do Rali de Portugal ao Norte do País surgiu hipótese de repente, eu escrevi aqui sobre o assunto. Entre outras considerações, avisei que podia ser só tesão do mijo, na ressaca do monumental sucesso do WRC Fafe Rally Sprint, e que ainda estávamos muito naquela zona nevoenta e arenosa do diz-se que, fala-se que, consta que. Os políticos gostam, mas é preciso ter cuidado com os supores. Pulga atrás da orelha até faz bem, nas cuecas é que não. Portanto, recomendei: "nestas coisas não faz mal nenhum ser como São Tomé, que era desconfiado e mesmo assim foi para o Céu". Ver para crer.
Ora bem. Agora que o nevoeiro se desfaz devagarinho e começa a ver-se alguma coisa, o rali não está cá. Desnorteou rumo aos Algarves outra vez. Ficou a areia nos olhos, e já não é mau como recordação. E ficam os moinhos de vento, para batalhas de enganar.
Na zona de comentários ao meu texto cheio de ses, um amigo perguntou-me se eu achava "mesmo" que o rali (o rali a sério) voltava para a minha terra, Fafe. Respondi-lhe e está lá: "O que eu acho mesmo? Acho que estamos em ano de eleições autárquicas. Acho que o presidente do ACP não é pessoa de confiança. Acho que o rali está em leilão. É o que eu acho."
Foi no dia 13 de Abril de 2013. Conclusão: às vezes, muitíssimo raramentissimamente, dá-me para isto: acerto.
(Ler mais em Rali de Portugal: o regresso do filho pródigo)
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