Eu já andava a desconfiar. Pêlos a nascerem nas orelhas, as sobrancelhas, parecem tolas, a cresceram como bigodes e a exigirem até intervenção barbeiral, inesperados e repetidos encontros com amigos nas salas de espera de consultórios médicos, a conta da farmácia a crescer de mês para mês... Hum!, havia aqui qualquer coisa de novo na minha vida, mas eu não tinha bem a certeza do que era.
Na sexta-feira fui almoçar com quatro camaradas. Quando dei fé, já levava eu mais de dez minutos a chagar-lhes a cabeça com a história de uns problemas de saúde muito graves que estive quase para ter mas que por acaso não tive. Eu a falar de doenças. E à mesa. Ainda por cima, a falar de putativas doenças. Eu, que nunca passei cartão a maleita que me aparecesse. Eu, que sou (era?) a ovelha negra de uma família de hipocondríacos. Há realmente algo de novo comigo. E já sei o que é: estou velho.
O amigo não domina o assunto!
ResponderEliminarj.
É o que eu digo. Por isso só posso estar velho.
ResponderEliminarEm primeiro lugar, não chagaste a cabeça a ninguém. Em segundo, falar da nossa vida, seja de coisas boas ou más, é o que nos mantém vivos. Por último, continuas muito bem conservado e estás aí para as curvas!
ResponderEliminarAbraço,
P.
P.S.: E quando é a próxima consulta?
Meu caro, chega a todos...
ResponderEliminarÓ P., o que tu queres é colo...
ResponderEliminarChega a todos, não é bem assim. Porque eu sou da têmpera de um Hércules, de um Maciste, de um Ursus...
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