Dizem os jornais que o PS diz que vai fazer dieta durante a campanha eleitoral que vem aí como quem não quer a coisa. Os socialistas prometem cortar no número de iniciativas, nos gastos e na pegada ecológica, nos almoços e nos jantares. E sobretudo garantem que vão acabar com a famosa rota da "carne assada", que na verdade era assada só de nome, lombo de porco estufado no forno, melhor diriam os jornalistas e os políticos se por acaso percebessem alguma coisa do que comem.
Sobre o até agora incontornável e deslavado lombo de porco de campanha, no pré-PAN, escrevi o seguinte, no dia 2 de Abril de 2016:
Não sei se sabem, a comida oficial da política em Portugal (in rima veritas) é o lombo de porco assado, que por acaso é quase sempre apenas estufado, e uma merda. Canja, lombo e musse de chocolate. Quem já passou por campanhas eleitorais e comeu todos os dias lombo, ao almoço e ao jantar, sabe muito bem do que é que eu estou a falar (mais uma vez, e peço desculpa, mas a verdade é que sou de verso fácil, in rima veritas). Depois, quando alcançam o poleiro ansiado e o povo é que paga, os políticos esquecem-se do porco, tão em conta, tão prato do dia, e servem-se entre eles peixinho da alta à lá qualquer coisa, nanja sardinha, faneca ou carapau de pé-descalço.
Olhem o Professor Marcelo (também já comi lombo de porco com ele), agora que é Presidente: no almoço cerimonial da tomada de posse, foi creme de espargos, robalo a vapor e gelado; hoje, no almoço comemorativo dos 40 anos da Constituição, a ementa versava creme de couve-flor, tranches de garoupa e pudim de Estremoz. Também uma merda, mas cheia de classe.
P.S. - António Costa continuará, no entanto, a comer sílabas. Aguardo a posição do PAN a esse respeito.
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