quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Faz de conta

Cinco dias depois da palhaçada, o procurador-geral da República ordenou, ontem à tarde, um "inquérito urgente" para apurar responsabilidades na fuga de informação no caso das detenções de Duarte Lima e do seu filho. Quanto à urgência da coisa, estamos conversados.
Diz o jornal Público que Pinto Monteiro procura a fonte interna que levou os jornalistas da SIC, e os outros que foram logo atrás, a concentrarem-se à porta da casa de Pedro Lima antes mesmo da chegada dos próprios inspectores da PJ. Pois que o senhor procurador-geral procure duas fontes e não uma, permito-me sugerir, humildemente. Esta que funciona agora para o PSD e a outra que funcionava para o PS. Ou será uma fonte vira-casacas?
"É uma vergonha para a Justiça em Portugal a maneira como as buscas se fizeram, com uma publicidade mediática tremenda” e com jornalistas no local das diligências antes de estas começarem, disse o PGR em declarações públicas, avisando, no entanto, serem "raros" os inquéritos desta natureza que produzem resultados. Pois. Quanto à eficácia da coisa, também estamos conversados.

8 comentários:

  1. 1.º - Já reparaste que os sucessivos PGR se transformam na função ao longo dos anos?
    2.º - Aianda niguém investigou qual o nomeda agência de comunicação que estuda e dita a agenda política da justiça lusa? [a haver justiça, é claro]
    3.º - Já agora: o Isaltino já foi preso?

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  2. 1.º - "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades", já dizia o grande Zarolho.
    2.º - Ninguém? Parece impossível!
    3.º - Não. Não foi. E só vai se quiser. Outra questão é: e devia estar preso? Parece que devia. Pois se até o presidente do Supremo Tribunal de Justiça o diz.
    Obrigado pela visita e pelo comentário.

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  3. O que mais aprecio nestes comentários do Pinto Monteiro é o facto de ele falar como se não fosse nada com ele. Parece que está a falar da porca da vizinha... Por que não larga o osso?
    M.A.

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  4. Achas, caro M.A., que estamos em tempo de largar o osso. Tu largavas, se tivesses?...
    Obrigado pela visita e pelo comentário.

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  5. Duas notas, meu amigo, para pôr uma pedra sobre o assunto e evitar polémicas estéreis.
    1.º Pelo que dizes, concluo que, já que é tempo de crise, temos que compreender que o Sócrates não quisesse largar o osso. Coitado, foi para o desemprego numa idade em que é velho para trabalhar e é novo para a reforma... E que até 2050, quando acabar a crise, vamos ter que gramar com os que lá estão agora (lá, no tacho, na malga). É isso?
    2.º Estás a comparar-me, a mim, reles proletário, que vive na lama onde está pousada a base da pirâmide, com um dos 40 ladrões? Estás a pôr-me ao lado de um tipo que, além do osso, já acumulou carne que chega para resistir a um inverno nuclear?
    M.A.

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  6. Caro M.A.,
    1.º - Estamos a falar do Pinto Monteiro ou do Sócrates?
    2.º - Estamos a falar do Sócrates ou do Pinto Monteiro?
    3.º - Podes arranjar-me uma garrafa desse?
    Muito obrigado pela visita, pelo comentário e (antecipadamente) pela garrafinha.

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  7. 1.º Estou a falar obviamente dos dois e de todos os outros, da comandita.
    2.º Estou a falar obviamente dos dois e de todos os outros, da comandita.
    3.º Estás a ter visões com garrafas?
    M.A.

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  8. 1.º e 2º. - Ah bom! Assim, estamos conversados.
    3.º - Mas manda a garrafa na mesma.
    Obrigado pela visita e pelo comentário.

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