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sexta-feira, 2 de maio de 2025

O feitiço contra o feiticeiro

Quando o Feitiço se virou contra o Feiticeiro, o Feiticeiro resmungou: - Mal agradecido...

P.S. - Hoje é Dia do Dia do Harry Potter.

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

O ocultismo

Sabe-se muito pouco sobre o ocultismo. Porque, lá está, trata-se de ocultismo. 

P.S. - Hoje é Dia do Ocultismo. E mais não digo.

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

O Dia do Bruxo

Foto Bruxo de Fafe

Eu parece-me um disparate que Fafe celebre a americanice do Dia das Bruxas, quando tão bem servidos estamos com o produto local, o inestimável Sr. Fernando Nogueira, que tanta fama traz ao nome da nossa terra. E se traz fama, decerto também trará proveito, que o povo vem-lhe de todo o lado e estou em crer que há-de fazer despesa ali pelos estabelecimentos das redondezas, portanto é dinheiro que fica em caixa e, se não me engano, foi mais ou menos assim que Fátima e Lourdes começaram.
Para além disso, o Sr. Fernando Nogueira é uma figura nacional, é procurado por gente da alta, do futebol, do poder, até do estrangeiro, trata o diabo por tu, fala aos jornais, aparece na televisão, é entrevistado pelo Manuel Luís Goucha, é assunto da Joana Marques na Rádio Renascença, acerta amiúde no euromilhões, tem sítio oficial na internet e, sendo de Guimarães, porque ninguém é perfeito, podia muito bem escolher o nome que lhe apetecesse, com mais ou menos molho e lantejoulas, mas não, preferiu-nos, faz questão de ser o Bruxo de Fafe, sorte a nossa. Simplesmente Bruxo de Fafe, insistentemente Bruxo de Fafe, e, orgulhoso, dá a esta marca que também nos envolve o indesmentível cunho de garantia: "Eu sou o Bruxo de Fafe, não sou charlatão!", costuma declarar quando interpelado por desconfiados ou incréus, honrando-nos a todos, e eventualmente nem todos o merecemos.
Torno, por isso, à minha. Mas qual Dia das Bruxas, mas qual Halloween, ó meu Deus, ainda por cima Halloween! Em Fafe, não! Estamos servidos. Em vez de encher a Biblioteca, o Teatro-Cinema e as ruas, se não chover, com bichas cabeçudas, pragas de conserva, abóboras de plástico, esqueletos desengonçados, teias de aranha a fingir, morcegos em cartolina, rolos de papel higiénico e bruxas desencartadas, tudo à americana, tudo copiado de lá de fora, tudo tão longe das nossas verdadeiras tradições, melhor faria o Município se olhasse para o que tem à mão e declarasse oficialmente o dia 31 de Outubro, hoje mesmo e doravante, Dia do Bruxo. Do Bruxo de Fafe. Era de justiça.

P.S. - Não vamos mais longe. Na fotografia, oficial, é vê-los, o nosso Sr. Fernando Nogueira mai-la Senhora Dra. Lucília Gago, vigente ainda como procuradora-geral da República, ambos em agradável convívio durante as merecidas férias, na ilha do Sal, Cabo Verde.

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Bruxedos à moda do Porto

Durante uma semana, um alguidar contendo um enorme galo sem cabeça e outras miudezas feiticeiras esteve em exposição no passeio junto ao portão de um dos cemitérios da cidade do Porto. O bruxedo apareceu ali da noite para o dia, toda a gente se queixou, toda a gente se desviou e ninguém teve coragem de mexer na coisa, de a mandar para o lixo. Nem o padre da igreja ao lado nem os coveiros propriamente ditos. Trabalhar com almas e mortos está bem, desafiar maus-olhados é que não, faxavor de desculpar.
Passou-se um, passaram-se dois, três, quatro, cinco dias, e o galo ali, possivelmente já com o serviço feito e portanto com os poderes esgotados, mas nem assim alguém ousou sequer tocar-lhe. O pessoal da Junta de Freguesia, executivo e funcionários, reuniu e foi unânime, cada um passava a encomenda para o que vinha atrás, "Eu não, bruxedos comigo não", até que a vizinhança viva reclamou que já não aguentava com semelhante fedor, ciciando padres-nossos e ave-marias, de terço na mão e muitos sinais da cruz mas feitos ao contrário, não fosse o diabo tecê-las...
Ora, o fedor, como toda a gente sabe, é problemática que sobe a instância superior, à alçada camarária. Em conformidade, foram requisitados os serviços de limpeza da cidade, que chegaram ao local do sinistro tarde e a más horas e resolveram o assunto em três penadas. Isto é: não fizeram nada. "Eu também não, bruxedos comigo não"...
Perante o impasse, alguém tirou a mola de roupa do nariz e alvitrou que se chamassem os Comandos da Amadora ou o Grupo de Intervenção de Operações Especiais da GNR, um pediu a presença da Brigada de Minas e Armadilhas da PSP, o espertalhão do costume recomendou o Putin, se era para rebentar com aquilo tudo, o russo servia, ou o Trump, e outra ainda sugeriu que se mandasse vir o Bruxo de Fafe para fazer a competente marcha-atrás à coisa, tornando seguro o seu manuseamento. Mas a Junta não dispunha de verba orçamentada para pagar a especialistas.
Foi quando um dos da Câmara se lembrou que o Canil Municipal tem um camião com um gancho hidráulico muito jeitoso, uma espécie de braço mandado que podia solucionar mecanicamente aquele problema bicudo, com os homens ao largo e portanto sem risco de agoiros, porque os agoiros, como é do conhecimento geral, têm um certo e determinado raio de acção, potente mas limitado. E assim foi. Ao sexto dia, o todo-poderoso veículo veio e levou a coisa, para sossego enfim de todos os moradores da zona, vivos e mortos, amém.

P.S. - Publicado originalmente no dia 29 de Novembro de 2011. No âmbito dos julgamentos das bruxas de Salém, cinco pessoas - uma mulher e quatro homens, incluindo um clérigo - foram executadas no dia 19 de Agosto de 1692, em Salém, Massachusetts, EUA, após terem sido condenadas por bruxaria.

sábado, 10 de julho de 2021

Bruxedos à moda do Porto

Durante uma semana, um alguidar contendo um enorme galo sem cabeça e outras miudezas feiticeiras esteve em exposição no passeio junto ao portão de um dos cemitérios da cidade do Porto. O bruxedo apareceu ali da noite para o dia, toda a gente se queixou, toda a gente se desviou e ninguém teve coragem de mexer na coisa, de a mandar para o lixo. Nem o padre da igreja ao lado nem os coveiros. Trabalhar com almas e mortos está bem, desafiar maus-olhados é que não.
Passou-se um, passaram-se dois, três, quatro, cinco dias, e o galo ali, possivelmente já com o serviço feito e portanto sem mais poderes, mas nem assim alguém ousou tocar-lhe. O pessoal da Junta de Freguesia foi unânime, cada um passava a encomenda para o que vinha atrás, "Eu não, bruxedos não", até que a vizinhança viva reclamou (ciciando padres-nossos e ave-marias, de terço na mão e muitos sinais da cruz) que já não aguentava com o fedor.
Ora, o fedor, como toda a gente sabe, é problemática que sobe à alçada camarária. Em conformidade, foram requisitados os serviços de limpeza da cidade, que chegaram ao local e resolveram o assunto em três penadas. Isto é: "Eu também não, bruxedos não"...
Perante o impasse, alguém tirou a mola de roupa do nariz e alvitrou que se chamassem os Comandos da Amadora ou o Grupo de Intervenção de Operações Especiais da GNR, um pediu a presença da Brigada de Minas e Armadilhas da PSP e outra ainda sugeriu que se mandasse vir o Bruxo de Fafe para fazer marcha-atrás à coisa, tornando seguro o seu manuseamento. Mas a Junta não dispunha de verba orçamentada para pagar a especialistas.
Foi quando um dos da Câmara se lembrou que o Canil Municipal tem um camião com um gancho, uma espécie de braço mandado que podia solucionar mecanicamente, com os homens de longe e sem risco de agoiros, aquele problema bicudo. E ao sexto dia o todo-poderoso veículo veio e levou a coisa, para sossego enfim de todos os moradores, vivos e mortos, amém.
Esta história tão antiga foi na semana passada.

P.S. - Publicado originalmente no dia 29 de Novembro de 2011. 
 De acordo com a mitologia nórdica, hoje, 10 de Julho, é Dia de Holda, senhora das bruxas.

Amarração

Foto Hernâni Von Doellinger

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Bruxedos à moda do Porto

Durante uma semana, um alguidar contendo um enorme galo sem cabeça e outras miudezas feiticeiras esteve em exposição no passeio junto ao portão de um dos cemitérios da cidade do Porto. O bruxedo apareceu ali da noite para o dia, toda a gente se queixou, toda a gente se desviou e ninguém teve coragem de mexer na coisa, de a mandar para o lixo. Nem o padre da igreja ao lado nem os coveiros. Trabalhar com almas e mortos está bem, desafiar maus-olhados é que não.
Passou-se um, passaram-se dois, três, quatro, cinco dias, e o galo ali, possivelmente já com o serviço feito e portanto sem mais poderes, mas nem assim alguém ousou tocar-lhe. O pessoal da Junta de Freguesia foi unânime, cada um passava a encomenda para o que vinha atrás, "Eu não, bruxedos não", até que a vizinhança viva reclamou (ciciando padres-nossos e ave-marias, de terço na mão e muitos sinais da cruz) que já não aguentava com o fedor.
Ora, o fedor, como toda a gente sabe, é problemática que sobe à alçada camarária. Em conformidade, foram requisitados os serviços de limpeza da cidade, que chegaram ao local e resolveram o assunto em três penadas. Isto é: "Eu também não, bruxedos não"...
Perante o impasse, alguém tirou a mola de roupa do nariz e alvitrou que se chamassem os Comandos da Amadora ou o Grupo de Intervenção de Operações Especiais da GNR, um pediu a presença da Brigada de Minas e Armadilhas da PSP e outra ainda sugeriu que se mandasse vir o Bruxo de Fafe para fazer marcha-atrás à coisa, tornando seguro o seu manuseamento. Mas a Junta não dispunha de verba orçamentada para pagar a especialistas.
Foi quando um dos da Câmara se lembrou que o Canil Municipal tem um camião com um gancho, uma espécie de braço mandado que podia solucionar mecanicamente, com os homens de longe e sem risco de agoiros, aquele problema bicudo. E ao sexto dia o todo-poderoso veículo veio e levou a coisa, para sossego enfim de todos os moradores, vivos e mortos, amém.
Esta história tão antiga foi na semana passada.

P.S. - Publicado originalmente no dia 29 de Novembro de 2011. 
De acordo com a mitologia nórdica, hoje, 10 de Julho, é Dia de Holda, senhora das bruxas.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Histórias de cemitérios e pilas curtas

Conta o JN que: "Um homem, de 38 anos, apresentou queixa na GNR em Felgueiras contra a ex-companheira, por acreditar que esta realizou uma feitiçaria, com terra de cemitérios, que lhe faz encolher o sexo. Para evitar que o pénis desapareça, o indivíduo envolve-o com fita-cola."
Porque é que nunca me apareceu uma história destas quando eu escrevia notícias? Que raiva! E porque é que nunca me lembrei do truque da fita-cola? Que raiva, que raiva!
Sobre cemitérios e espantos já aqui perorei, no dia 29 de Outubro de 2011, então usando o título de "Bruxedos à moda do Porto". Mas bebamos mais um copo, porque a ocasião merece. E o texto era:

Esta é a sério. Durante uma semana, um alguidar contendo um enorme galo sem cabeça e outras miudezas feiticeiras esteve em exposição no passeio junto ao portão de um dos cemitérios da cidade do Porto. O bruxedo apareceu ali da noite para o dia, toda a gente se queixou, toda a gente se desviou e ninguém teve coragem de mexer na coisa, de a mandar para o lixo. Nem o padre da igreja ao lado nem os coveiros. Trabalhar com almas e mortos está bem, desafiar maus-olhados é que não.
Passou-se um, passaram-se dois, três, quatro, cinco dias, e o galo ali, possivelmente já com o serviço feito e portanto sem mais poderes, mas nem assim alguém ousou tocar-lhe. O pessoal da Junta de Freguesia foi unânime, cada um passava a encomenda para o que vinha atrás, "Eu não, bruxedos não", até que a vizinhança viva reclamou (ciciando padres-nossos e ave-marias, de terço na mão e muitos sinais da cruz) que já não aguentava com o fedor.
Ora, o fedor, como toda a gente sabe, é problemática que sobe à alçada camarária. Em conformidade, foram requisitados os serviços de limpeza da cidade, que chegaram ao local e resolveram o assunto em três penadas. Isto é: "Eu também não, bruxedos não"...
Perante o impasse, alguém tirou a mola de roupa do nariz e alvitrou que se chamassem os Comandos da Amadora, um pediu a presença da Brigada de Minas e Armadilhas da PSP e outra ainda sugeriu que se mandasse vir o Bruxo de Fafe para fazer marcha-atrás à coisa, tornando seguro o seu manuseamento. Mas a Junta não dispunha de verba orçamentada para pagar a especialistas.
Foi quando um dos da Câmara se lembrou que o Canil Municipal tem um camião com um gancho, uma espécie de braço mandado que podia solucionar mecanicamente, com os homens de longe e sem risco de agoiros, aquele problema bicudo. E ao sexto dia o todo-poderoso veículo veio e levou a coisa, para sossego enfim de todos os moradores, vivos e mortos, amém.
Esta história antiga foi na semana passada. 

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Bruxedos à moda do Porto

Esta é a sério. Durante uma semana, um alguidar contendo um enorme galo sem cabeça e outras miudezas feiticeiras esteve em exposição no passeio junto ao portão de um dos cemitérios da cidade do Porto. O bruxedo apareceu ali da noite para o dia, toda a gente se queixou, toda a gente se desviou e ninguém teve coragem de mexer na coisa, de a mandar para o lixo. Nem o padre da igreja ao lado nem os coveiros. Trabalhar com almas e mortos está bem, desafiar maus-olhados é que não.
Passou-se um, passaram-se dois, três, quatro, cinco dias, e o galo ali, possivelmente já com o serviço feito e portanto sem mais poderes, mas nem assim alguém ousou tocar-lhe. O pessoal da Junta de Freguesia foi unânime, cada um passava a encomenda para o que vinha atrás, "Eu não, bruxedos não", até que a vizinhança viva reclamou (ciciando padres-nossos e ave-marias, de terço na mão e muitos sinais da cruz) que já não aguentava com o fedor.
Ora, o fedor, como toda a gente sabe, é problemática que sobe à alçada camarária. Em conformidade, foram requisitados os serviços de limpeza da cidade, que chegaram ao local e resolveram o assunto em três penadas. Isto é: "Eu também não, bruxedos não"...
Perante o impasse, alguém tirou a mola de roupa do nariz e alvitrou que se chamassem os Comandos, um pediu a presença da Brigada de Minas e Armadilhas da PSP e outra ainda sugeriu que se mandasse vir o Bruxo de Fafe para fazer marcha-atrás à coisa, tornando seguro o seu manuseamento. Mas a Junta não dispunha de verba orçamentada para pagar a especialistas.
Foi quando um dos da Câmara se lembrou que o Canil Municipal tem um camião com um gancho, uma espécie de braço mandado que podia solucionar mecanicamente, com os homens de longe e sem risco de agoiros, aquele problema bicudo. E ao sexto dia o todo-poderoso veículo veio e levou a coisa, para sossego enfim de todos os moradores, vivos e mortos, amém.
Esta história antiga foi na semana passada.