Ele tinha a certeza de que estava a ser seguido no Hospital Magalhães Lemos. Nos corredores, nos jardins, a cada esquina, atrás de árvores e arbustos, antes e após consultas e tratamentos, e também durante. Ele sabia, ele sentia. Mas nunca viu, apesar de andar sempre a olhar para trás. Vivia num constante torcicolo. Queixou-se aos médicos, aos jornais, às televisões e, inclusive, à polícia. Ninguém o levou a sério. "Tás mas é maluco", disseram-lhe.
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