Os coelhos do Parque da Cidade do Porto, que é deles, realmente? Eles eram às centenas, se calhar milhares, e agora nem um para amostra. Ainda uma destas manhãs passei por lá, chovia, portanto estava um rico dia para a prática, e nada. O que é que aconteceu ali? O que é que nos anda a ser escondido? Uma matança ordenada pela própria autarquia? Os coelhos fugiram todos para o Presépio, distraidamente convencidos de que já estamos na Páscoa? Cresceram e já não são coelhos, serão agora coelhões? O Passos Coelho anda por aí e eles, solidários, também não? Seriam do CDS e agora têm vergonha de aparecer? Serão ciganos ou pretos, e ala que se faz tarde? De uma vez por todas, quem é que os anda a comer?
Procuro, e não encontro. Pergunto, e não me respondem. Bato a portas e janelas, e nada. Ou quase nada. Às vezes mandam-me um balde de água choca pela cabeça abaixo...
Eu parece-me grave que, tirante a minha própria pessoa, mais ninguém queira saber do que aconteceu realmente aos coelhos do Parque da Cidade, que se desvaneceram, como que por artes mágicas e negras, duma noite para o dia. A Câmara do Porto não liga, a de Moimenta da Beira também não, as jotas dos partidos políticos, sempre tão atesoadas para se agarrarem a temáticas fracturantes, têm esta aqui tão jeitosa mas não estão para aí viradas. E até o Bloco de Esquerda e o PAN, em crise e amiguinhos dos animais como não há, só se preocupam com os coelhos se eles tiverem cornos e forem toureados no Campo Pequeno, em Lisboa.
Ninguém me tira a ideia, para mim houve massacre no Parque. O massacre dos coelhos.
P.S. - Hoje é Dia Internacional do Coelho.
Sem comentários:
Enviar um comentário