Como é que ele se sentia? Ora, sendo ele quem era, vindo ele de onde vinha, como haveria de sentir-se? Pois sentia-se olímpico, homérico, plutónico, titânico, vulcânico, erótico, apolíneo, afrodisíaco, epicúrio, hermético, báquico. Absolutamente. Mas sobretudo olímpico. Quiçá também um pouco messiânico, salomónico, angélico porém satânico, vá lá. Era realmente muito dado à antiguidade clássica, às mitologias, à espiritualidade primordial e definitiva, ao desporto amador. E daí não transigia. Compreenda-se portanto a potência da ira que o acometeu quando inesperadamente lhe disseram que ele parecia estar, assim visto de fora e tão depois de Cristo, um tudo-nada dantesco, algo sádico às tantas...
P.S. - Hoje é Dia Olímpico. E todos os golos devem ser marcados de canto directo.
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