Jonas
era profeta com escritório em Israel e Deus mandou-o a Nínive passar
umas gáspeas aos assírios, que eram maus como as cobras e de uma
crueldade bíblica para com inimigos e povos vencidos em geral. Jonas
acagaçou-se com os perigos da demanda e tentou desobedecer a Deus,
fugindo, disfarçado de Hercule Poirot, numa viagem de cruzeiro pelo
Mediterrâneo. Bons tempos! Deus levou a mal tamanha manifestação de
cobardia e diletantismo, caiu-lhe em cima com uma tempestade de criar
bicho e atirou-o borda fora. Jonas foi engolido por uma baleia e por lá
se acomodou durante três dias e três noites. Ao fim da terceira noite,
isto é, ao quarto dia, depois do pequeno-almoço, a baleia deu à Costa
da Caparica e o resto da história é bem conhecido: Jonas assinou pelo
Benfica e em cinco épocas e muitas lesões fez 183 jogos e marcou 137
golos. O que convenhamos.
(Jonas,
o pistoleiro, pendurou as botas aos 35 anos e com as costas num
frangalho. Tipo raro este Jonas, que também me incomodou bastante.
Estimo-lhe as melhoras.)
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